Saiu artigo na Revista Música Hodie

Além da tese, este é um dos resultados do doutorado que considero mais importantes, apesar de ser um típico trabalho de revisão bibliográfica. Pode ser até meio chato para quem não se empolga muito sobre o tema, mas tem muita chance de interessar quem mergulhou de cabeça nele. Basicamente, este é o artigo que eu gostaria de ter lido quando iniciei o mestrado.

Porém, teria sido muito difícil descobrir uma leitura parecida naquele momento. É que essa leva de textos críticos que decidi reunir e destrinchar — porque, diga-se de passagem, me ajudaram bastante com algumas dúvidas e questionamento pendentes — só estavam sendo publicados quando meu curso de mestrado se encaminhava para sua conclusão. Kelman é de 2010, Ingold é de 2011, e os de Sterne são de 2013 e 2015.

Esses textos em que me baseei para produzir o artigo Paisagem sonora como conceito: tudo ou nada?, que saiu agora na Revista Música Hodie, devem ser lidos, no original, por quem quiser se aprofundar nas questões levantadas. O que fiz foi sistematizar as ideias desses três autores sobre a ideia elaborada por Murray Schafer em uma das obras que fundam o campo dos estudos do som. E isso também exige, claro, a leitura prévia de seu livro A afinação do mundo.

O objetivo de esmiuçar esses escritos é ajudar a pensar sobre a aplicabilidade da noção de paisagem sonora em uma pesquisa. É um termo que muita gente usa. Existem motivos muito bons para que ele seja mobilizado. Então por que não usá-lo, não é mesmo? Pois é, só que também existem motivos muito interessantes para não usá-lo, e isso não é muito tratado. “Paisagem sonora como conceito: tudo ou nada?” reúne alguns desses motivos.

Além disso, estou muito honrada pela oportunidade de compartilhar esses estudos junto ao excelente time da Revista Música Hodie, do Programa de Pós-graduação em Música da Universidade Federal de Goiás (UFG). Ainda mais no aniversário de um ano da defesa de meu doutorado. Que coincidência! Ah, quando submeti o artigo, eu ainda estava no quadro da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), vínculo que aparece no cabeçalho. O que vale hoje é a pequena biografia na última página do artigo, que deu para atualizar no processo. Agora estou na Universitária FM, emissora de rádio ligada à Universidade Federal do Ceará (UFC), em Fortaleza.

Aí vão resumo e links para baixar. Espero que curtam. Mas, independente disso, mandem comentários. Sou parceira em estender a conversa.

 

Paisagem sonora como conceito: tudo ou nada?

Resumo: Neste artigo, serão discutidos questionamentos que vêm emergindo nos últimos anos sobre paisagem sonora e sobre como ela vem sendo usada academicamente. O objetivo é compor um quadro crítico para uma melhor compreensão do que implica evocar essa ideia em pesquisas sobre som nos dias de hoje, cinquenta anos depois do surgimento do World Soundscape Project na Simon Fraser University. Esse quadro pode nos ajudar a articular de maneira mais adequada a ideia de paisagem sonora ou eventualmente reavaliar a necessidade de convocá-la, em favor do rigor em sua adoção como conceito e na condução de análises em que ela é tomada como parâmetro.

Palavras-chave: paisagem sonora, som, epistemologia, mídia, espaço

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Acesso no site da Música Hodie.

Ou baixe aqui.

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