Prévias carnavalescas

#baixeosompiroquinha

Pelo Twitter, se arregimenta adeptos para uma campanha contra os chamados “paredões de som”. Eles são uma grande quantidade de auto-falantes acoplados em automóveis, por uma quantidade relativamente grande de motoristas na cidade.

Prevendo que possam vir a monopolizar o carnaval de rua em Fortaleza, cujas prévias já estão rolando, os foliões ativistas estão relacionando o ato de ter e usar os tais “paredões” ao fato de se ter um pênis pequeno. Afinal, é carnaval. A imagem acima é do adesivo que a turma está levando à gráfica.

A ideia é também dar apoio a um Projeto de Lei que tramita na Câmara Municipal, que propõe “condicionar a montagem destes equipamentos a prévia autorização do poder público, garantindo o bem estar na nossa cidade”.

O assunto parece mesmo estar em pauta, porque já surgiu o “Wikimapp barulho“, um mapa colaborativo em que os habitantes podem “mapear pontos de incidência de poluição sonora”. A ideia partiu do jornal O Povo e da empresa Wikinova.

No site do projeto, há área para login de usuários, banner para o projeto WikiCrimes e anúncios do Google. Do termo de uso: “Wikimapp – Barulho fica desde já autorizado a usar e divulgar todo conteúdo referente a ocorrências criminais criadas pelo USUARIO”.

Wikimapp Barulho
Mapa colaborativo para localizar ocorrências relacionadas a poluição sonora

3 Comments

  1. hehehe!!! adorei!!! uma vez eu vi um psiquiatra falando que existem vários “símbolos fálicos” na nossa cultura e nós nem percebemos isso!!! ele falou que o carro é um deles!!! que a pessoa dentro de um carro se acha mais forte , mais potente, com mais adicionais, etc, etc… por isso muita gente se transforma quando está na direção!!! aí está mais um bom exemplo da teoria dele!!!!

  2. Transcrevendo artigo de hoje, no jornal O Povo.

    Paredões de som: atentado aos direitos humanos fundamentais
    Invadem o espaço público para impor seu gosto sem levar em conta o direito à privacidade

    10.02.2011| 01:30

    O projeto de lei que trata do controle dos “paredões de som”, de autoria do vereador Guilherme Sampaio (PT) vem ganhando apoio de vários segmentos da sociedade. Na realidade, a esmagadora maioria da população quer que o poder público atue firmemente contra a poluição sonora que inferniza a vida da comunidade.

    Os chamados “paredões de som”, caixas de som de alta potência instaladas em veículos tornaram-se um flagelo, no Ceará, sobretudo, na capital pelo fato de causar poluição sonora de altíssimos decibéis, constituindo-se uma violência contra a pessoa humana. Não apenas agride o meio ambiente, mas afeta a saúde pública na medida em que provoca danos físicos e psicológicos nas pessoas, perturbando o convívio social.

    A feição autoritária desse tipo de prática é traduzida na imposição de músicas ou outros efeitos sonoros, por parte de indivíduos ou grupos restritos de aficionados do barulho, aos demais membros da comunidade. Assim, invadem o espaço público para impor seu gosto musical ou seu estilo de vida ao restante da sociedade sem levar em conta o direito à privacidade que a Constituição Federal faculta a cada cidadão. Ou seja, atropelam direitos fundamentais sem levar em conta o respeito ao direito do outro, sobretudo aos enfermos, aos idosos e às crianças (para falar apenas nos mais frágeis), no que tange à necessidade vital de um ambiente tranquilo.

    Traduz também a falta de educação que deveria ser fornecida tanto pelo ambiente familiar como pela escola. Visitantes de outros países que por aqui aportam têm a sensação de terem chegado a uma terra sem lei onde vicejam relações selvagens. Isso se chama incivilidade e mancha a imagem de um povo que, por natureza, é generoso e afável, bem diferente dos agressores e suas estúpidas caixas de som.

    Os que se ergueram contra a iniciativa do projeto regulador brandiram o argumento “econômico”, colocando-o acima dos direitos fundamentais dos cidadãos e da coletividade. Trata-se de uma inversão de valores responsável por outros danos na sociedade. Com essa inversão não concorda a maioria. Ainda assim, foram feitas concessões a esse argumento no substitutivo do projeto original. Ou seja, não se pode dizer que houve inflexibilidade por parte do propositor.

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