Entre outros usos, o termo “lo-fi” (corruptela de “baixa fidelidade” em inglês) aparece tanto na paisagem sonora schaferiana quanto no indie rock pré-mainstream. Embora esteja associado a qualidades negativas no primeiro âmbito e a positivas no segundo, ambas as posturas emergem da mesma ideia de “fidelidade” cultivada no fenômeno da estereofonia e reivindicam condições de produção e contemplação sonora que teriam ficado perdidas no passado – senão em uma era pré-industrial, pelo menos em um momento anterior à indústria cultural. Uma análise de tal caso parece desafiar a pertinência da dupla lógica da remediação, de Bolter e Grusin, para lidar com processos sonoros. Isto porque concepções de lo-fi mostram que tornar os meios perceptíveis nem sempre resulta em ausência de presença ou bloqueio de um senso de imersão.
Palavras-Chave: teorias da mídia; estudos do som; estereofonia; paisagem sonora; indie rock
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