Atualização: como comprei o livro, estou adicionando (em 07.07.2017) uma imagem de melhor resolução do que a que encontrei originalmente na internet. Também vou me estender um pouquinho mais, porque antes não havia nada neste post, além da foto e do link para o perfil do autor no Twitter.
Quem primeiro me apresentou ao perfil @NeinQuarterly foi meu colega de doutorado, Rodrigo Rodembusch. De volta do doutorado sanduíche, trouxe comigo o livro “Nein. A Manifesto“, de Eric Jarosinski, lançado pela editora Black Cat, de Nova York, em 2015.
É uma coleção de alguns dos aforismos que este “intelectual fracassado” (auto-declarado) destila diariamente no Twitter, rede que nas mãos de Jarosinski serviu como uma luva a esse gênero breve e poderoso. Nietzsche é influência patente, desde o título – uma negação.
Jarosinski é um estudioso de literatura e cultura alemãs modernas, com um interesse particular pela teoria crítica. Daí porque o ícone que utiliza em sua conta, e também no cabeçalho de todas as páginas do livro, é um retrato estilizado de Adorno, da Escola de Frankfurt.
O jogo de palavras – ora divertido, ora cruel, ora incompreensível (porque ainda não chegamos lá, para poder entendê-lo) – é feito em cima de conceitos muito importantes e correntes para quem pesquisa Mídia, Comunicação, Filosofia, Literatura e Artes. Então, por que não variar por aí?
É o tipo da leitura gostosa de se fazer quando o trabalho emperra. A gente abre esse belo compêndio de chorume acadêmico e se dá conta de que o trabalho é pesado, não interessa em que nível estejamos, mas que ainda assim é possível tirar uma onda com nossa própria condição.
Então me junto à lista daqueles que vêm recomendando Nein. Só estejam atentos para a epígrafe escolhida para o livro: “O prazer de pensar – ele não pode ser recomendado.” (Theodor W. Adorno)
ESCUTA NOVA ONDA 